quinta-feira, 29 de março de 2012

giz

Eles se amavam, estava no olhar, estava na pele, nao havia uma pessoa que convivesse com o casal que no notaria isso, ele mais recatado que ela mas sempre demonstrando e ela brilhando paixao perto ou longe dele.
Eles eram de mundos diferentes os pais dela, eram de formação universitaria, doutores e mestres no que faziam, queriam o mesmo para a filha sempre a colocaram nas melhores escolas até que chegara naquele curso universitario, os pais dele de origem humilde operarios que mal terminaram o ensino medio antigo colegial a mae era semi analfabeta, sabia escrever o nome e algumas poucas palavras, mas queriam que os filhos estudassem e se formassem, que fossem mais que os pais foram.
Se conheceram no primeiro ano do curso, ela foi apresentada a ele por um amigo em comum, logo rolou a antipatia de ambos, gostavam do mesmo estilo musical o mesmo estilo de roupas para eles nunca faltava assunto, nunca faltava nada, sempre procurava um jeito de estarem juntos nos trabalhos em grupos, os mesmo estagios, ou seja , mesmo sem estarem oficialmente juntos, estavam juntos.
O primeiro beijo, como foi!? Estavam estudando no laboratorio de anatomia outras pessoas por ali, mas eles nao se importavam, falavam alto riam, e se abraçavam trocavam olhares comprometedores, quem nao conhecia diria que ja namoravam que ja estavam juntos a anos, o tempo passou rapido naquela tarde, ele foi leva-la para casa onde morava com mais duas amigas, ficaram no portao algum tempo, completando um a musica que o outro começava, uma brincadeira que sempre faziam, ele cantarolou uma musica do "legiao urbana "  Giz. ela nao soube continuar, então ele disse que lhe daria um cd para que ela apredense a letra e pudessem cantar juntos. Nesse momento aa maos se tocaram e nao se sabe quem mas se puxaram e ali nasceu o primeiro beijo. Momento especial para ambos pois as bocas nao queriam mais se distanciar os braços nao queriam mais se soltar. Desejavam apenas que  aquele instante durasse perpetuamente.
Os dias passavam eles cada dia mais juntos fazendo tudo junto, ela frequentando a casa dele, sendo apresentada a familia e se divertindo com todos, ela esperando a hora propicia para apresenta-lo a sua familia ambos sabiam que viviam em universos distantes e compilcados.
Se amavam e niguem poderia tirar isso deles.
Tarde ensolarada de um verao, um calor que somente quem mora no oeste do estado de sao paulo sabe como é, estudavam anatomia para a prova da proxima semana, estavam bem a vontade, ele apenas de sunga e ela de shorts e top, até entao tudo normal apesar de se amar, haviam feito votos que castidade nao tocariam em seus corpos antes de se casarem, esse era o desejo de ambos. por volta das 16 horas soa a campainha da casa, ele se levanta a vai até aporta, uma mulher estava parada do lado de fora,  com sacolas nas maos, ele pensando ser uma vendedora abriu a porta mas a mulher era a mae dela, que desespero de ambas as partes a mae gritando pela casa, a filha tentando consolar explicar o que nao poderia ser explicado pois mais nao pensa como os filhos, e por mais que se tente, nao ira conseguir, e ele tentando em vao achar explicaçao. foi posto para fora aos berros pela mae, depois logico de ter colocado suas roupas.
Ela nao apareceu na prova, nao apareceu na aula durante algumas semanas, ele passava na frente da casa,mas nao avistava, perguntava por ela as colegas de republica mas em vão, elas tambem nao sabiam onde ela estava.
Semanas depois com a saudades apertando o coraçao ele recebe um telefonema, era ela dizendo que nao poderiam mais se ver, que por mais que tentasse  explicar a mae nao queria entender e nao deixava que o pai tambem entendesse, ela iria mudar de periodo que apartir da proxima semana, iria fazer o curso noturno que somente assim a mae a deixaria voltar para a faculdade, e que era para ele nao a procurar mais. Apesar de ser ela quem falasse isso, ele sabia que nao era real que nao o que ela queria dizer, mas nada poderia fazer. As semanas passavam, os dias voavam, a suadades batia no peito e queimava feito ferro em brasa. Em uma noite de saudades ele pegou seu violao, pegou o velho carro do pai emprestado seguiu  até a casa dela, levou com ele algumas pedras de tijolo e pedaços de giz.
















Cantou essa cançao, mas nao sem antes fazer varios coraçao com giz e tijolos de construçao, a vizinhança toda saiu para ver o rapaz apaixonado que cantava para sua amada, as luzes da casa se ascenderam e a porta se abriu e junto com a abertura da porta o sorriso nos labios do rapaz tambem.
mas nao foi a "bela" que saiu e sim sua mae, que sem deixar que houvesse uma explicaçao proferiu palavras amargas para aqueles coraçoes apaixonados. alguns vizinhos ainda em coro pediam para que aquela senhoranao atrapalhasse que deixasse ele cantar mais, mas ela nao queria mais saber de nada. e foi apagando as luzes sem deixar que sua filha saisse para fora para um ultimo olhar no jovem que a cortejava. Ficou apenas os desenhos no muro e na calçada e um sentimento  de saudades e desejos que nao se realizariam jamais.

by choko