quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

DOIS CORAÇOES




Eu sei que errei,
Busquei  o seu perdao,
Estou longe e triste, quase em solidão.
Tracei meu caminho, de forma errônea,
Pensei pouco em você,
Pensei pouco em mim.
Sinto falta de seus beijos
E desejo seu abraço,
Tenho vontade de te engolir
Preciso colocar você em meus braços.
Queria apenas olhar em seus olhos,
E dizer  que valeu e que continua valendo,
Mas existe uma barreira, uma distancia, tao curta
Mas que se faz enorme.
São dois corações em uma mesma batida,
Caminhando em linda reta,
Sem que aja um cruzamento entre eles.

By Alexandre choko





quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Serenata no pontilhão



    

    Há alguns anos atrás, a alguns anos mesmo, eu me imagino com quatorze ou quinze anos, era inicio do anos noventa, ainda corria rockn roll em minhas veias, opa, perai , ainda corre, é que naquele tempo sonhávamos em  ser artistas, sonhávamos em ser um titãs, um Paralamas, um engenheiro do Havaí, até  mesmo um legião urbana, enfim éramos adolescentes sonhadores, vivíamos com nossos violões pelas ruas da cidade, qualquer cantinho se transformava em palco, qualquer um era uma grande multidão, e mesmo sem saber tocar bem, tocávamos e cantávamos.
    Eu carregava meu violão para todo canto particularmente, para escola, para igreja para o trabalho era meu fiel companheiro juntávamos  alguns amigos, e procurávamos outros amigos  que estavam aniversariando naquela semana, geralmente as sexta feiras nos juntávamos e na virada da noite procurávamos as casas dos aniversariantes e cantávamos o parabéns pra você e algumas outras musicas, sempre éramos bem recebidos, bom nem sempre, algumas vezes nem abriam janelas ou portas, já em algumas ocasiões,  ganhávamos bolo refrigerante e elogios, as vezes não conhecíamos o aniversariante mas o que importava era a bagunça e  a diversão.
    Em uma noite dessas, fomos a um bairro do outro lado da linha, não me lembro de quem era o aniversario se era de homem ou mulher, e tão pouco como fomos recebidos, saindo do local da nossa serenata, paramos em um pontilhão de madeira hoje já transformado em ponte de concreto, por onde o trem passava por baixo e por nossa sorte naquele momento havia um cargueiro passando, ficamos ali parados olhando para o cargueiro que passava abaixo de nossos pés, e inconscientemente, começamos a tocar nossos violões ao ritmo do trem, acabamos nos sentando no parapeito e ficamos por ali após a passagem do trem, tocando algumas musicas, em companhia do violão eu também carregava comigo, uma flauta doce as vezes para realizar uns arranjos diferentes nas musicas. Estávamos ali tocando e gargalhando, imagino que já se passava das duas da manha, casas ali não existiam apenas a delegacia militar a uns cinquenta metros dali.
    Todos alegres e contentes com os acordes, nem sempre corretos, mas cantando e tocando, até que as luzes da delegacia começou a se acender, nos julgávamos protegidos pois estávamos próximos a delegacia,  uma janela se abriu um vulto veio a janela e ironicamente disse;
    _ Bonito, continua!!
    Sem nos fazer de desentendidos, já emendamos uma outra musica e mais gargalhadas, um outro policial se aproximava de nós com o cassetete  imitando um violão, ficamos contentes,  ao ver a cena, mas logo nos arrependeríamos.
    O cassetete logo voltou a ser o instrumento para que foi criado e enquanto um policial gritava da janela, nos chamando de vagabundos, filhos da puta e tudo mais que você possa imaginar o outro tentava nos acertar com o objeto, corri muito aquele dia. Não me lembro de como sai dali, mas sai e fui direto pra casa, e só sai de dentro de casa na tarde do dia seguinte, meus amigos também se  esconderam em suas casas e ficamos com medo do que poderia nos acontecer nos dias seguinte, mas nada mais aconteceu. Hoje me lembro do fato e dou gargalhadas, mas pensar que poderia ser preso ou apanhar da policia por estar fazendo uma serenata no pontilhão.

By choko