segunda-feira, 27 de maio de 2013

ÒDIO




    Existem coisas, que nos acontecem e depois de anos, entendemos ou tentamos entender, somente hoje, depois de trinta anos, eu pude compreender algo que me aconteceu nos bancos escolares.
    Cursava o primeiro ano do ensino infantil sendo alfabetizado por uma das melhores professoras que existiam na cidade, estavamos estudando palavras com a letra D, como Dia,  Duas, Doce, dedo e aquela que seria minha algós por quase um més, ódio. Em todas as liçoes eramos sabatinados pelo ditado, frente a frente com a tão temida professora, sentavamos em sua mesa, e ela com uma ficha com varias palavras, nos apontava uma para que lessemos, sem gaguejar com todos os assento que pudessem ter com a pronuncia perfeita, aqueles que nao se davam bem,  ou nao completassem o ditado, nao eram promovidos para a proxima lição, e teriam que se sentar na fila dos atrasados, hoje em dia isso daria processo ao professor que  usasse tal pratica.
    Chegou minha vez, fui chamado me sentei olhei para a professora e começamos com o ditado oral. Ela apontava eu lia e vinham as palavras e eu respondendo, até que chegou em exatamente nessa palavra. Foi apontada pela primeira vez eu enrolei e nao saiu nada, ela incistia na mesma palavra e eu não conseguia ler aquele assento agudo, mudando o som de o, para ó; resultado, fui levado para a fileira dos atrasados.
    Teria nova chance, de sair dali, na proxima semana apenas, seria uma semana estudando arduamente para me sobressair, passei aquela semana, estudando as proximas liçoes, passando por todas as outras letras, vogais e consoantes que me apareciam, até que o dia chegou, nao me lembro agora corretamente qual era a liçao, do dia, mas nao poderia faze-la sem antes encarar o ditado oral da semana anterior.
    E recomeçamos, falei todas as palavras mas chegou nela novamente, aquele assento agudo, me fez parar, tremer, olhar para os lados, fazer cara de choro e chorar, esse foi meu primeiro choro na escola, foi algo mais desesperador, que o primeiro dia de aula, quando todos choram pois as mães nao podem ficar junto dos filhos, mas eu chorava por nao ter minha mãe por perto, por estar em dificuldade e nao ter quele colo gostoso para me jogar e pedir ajuda. Assim eu chorei pelo Òdio.
    Mais uma semana se passou, mais uma semana na fila dos atrasados agora duas liçoes atrasado, e aprendi que o choro de nada adiantaria, pois nao comoveria a professora, apenas seria motivo de chacota dos outros alunos que sem dó nenhuma bravejavam que eu era da fila dos atrasados e que chorava nos ditados.
    Foi entao que minha pequena vidinha começou a mudar, a palavra dó possui um assento agudo, e o dó é uma das notas musicais, começei a estudar musica naquela semana,  aprendi sobre a nota dó, e logo fiz a analogia entre dó e ódio.
    Que os sons dos "ó" eram o mesmo, assim quando fui chamado para o ditado, nao titubiei, cheio de confiança fui resppndendo palavra a palavra, até chegar no ódio, palavra que falei sem nenhum enrosco, me lembroque ao pronunciar essa palavra a professora me olhou e parou por ali, puxando uma nova ficha com novas palavras, para eu pronunciar, onde todas foram pronunciadas com desenvolto e logo em seguida outra ficha ao qual passei sem resseio algum e mais um outra, pronto estava de volta a fila dos adiantados lugar de onde nunca mais sai.
    E depois de anos descobri que eu nao pronunciava a palavra òdio nao por, nao conhecer o assento agudo da mesma, pois mesmo sem assento, nao era capaz de pronuncia-la, essa palavra nao saia de minha boca pois nao era e nao sou capaz de ódiar, simplesmente nao cultuo o ódio, palavra a qual me esqueci novamente depois daquele ditado.



 by Alexandre choko

domingo, 19 de maio de 2013

LEMBRANÇAS E COMEDIAS





      Essa memória vem de muito tempo atraz, na epoca em que estudava no E E Angelica de Oliveira, nao me lembro com certeza o ano, mas deixa isso pra lá.
    Tinhamos uma banda, bom nem eramos uma banda, eramos amigos que pensavamos tocar alguma coisa mas não sabiamos mais que dois ou tres acordes e muito mal executados, nos reuniamos no fundo do quintal de alguem e metiamos os dedos nas cordas e nos teclados e nos achavamos os rollings stones. Como disse, nao tocamos nada, mas nos divertiamos. Eis que alguem em visita a familia de um outro alguem, nos ouviu tocando e fez o seguinte convite; faremos um showmissio em alguns dias  no centro da cidade e voces nao gostariam de tocar nessa noite?
    Olha seria nosso primeiro show, mas que show tocamos apenas tres ou quatro musicas, me lembro que uma delas era, bichos escrotos do titãs e muito mal tocada , a bateria em que eu tocava nao era uma bateria, era um teclado da cássio, movido a pilha, quando se esgotava acabava o ensaio, ja que nao haviam pilhas recarregaveis naquele tempo, e depois precisaria ficar a semana toda enchendo a paciencia do meu pai para comprar novas pilhas para o ensaio da proxima semana, eu disse ensaio? era a bagunça organizada que faziamos.
    Caradepaumente, acho que acabei de inventar uma palavra, aceitamos o convite preparamos nossas melhores musicas as tres ou quatro que sabiamos, e no dia combinado fomos até o local do showmissio, pausas para risos ( rsrsrsrsrsrsrsrsrsrs).
    Passamos o som, e nos preparamos para a grande noite com nossas melhores roupas, familias e amigos esperando para nos ver e entao tocamos, tocamos, tocamos e tocamos, escrevi tocamos  quatro vezes, porque foram quatro musicas. Ao final fomos muito elogiados por todos que nao entendiam nada de musica e fomos embora felizes, assim foi nosso primeiro show.


 SEGUNDO SHOW O FIASCO.

    Era semana da patria, e como era de praxe naquele "tempo" gincanas aconteciam nas escolas turmas se reuniam, salas se juntavam e todos participavam, alguem teve a brilhante idéia de convidar a nossa banda para tocar no encerramento da gincana, e lógico, cheios de orgulho, aceitamos novamente, só para lembrar a faixa etaria dessa banda nao passava dos 14 anos.
   Ficamos todos exitado, caramba iriamos tocar para nossos amigos para as meninas mais lindas da cidade, cara, aquela minha paquera iria me ver tocando, aquela garota para quem eu compunha varias musicas e levava o violão para  a escola para tocar para ela e nao  encontrava coragem, essa seria minha chance, de mostrar minhas letras inspiradas nela para ela. Lindo sonho meu meus amigos nao entenderam a minha situaçao de adolescente apaixonado, pois ninguem conheceria minhas letras, se tiver coragem e posto uma no final, bem que aqui no blog existem algumas dessas letras. Mas voltando ao assunto, ensaiamos agora umas dez musicas, trabalhamos no vocal, fizemos algumas adaptações e tudo ficou como antes uma merda! (pausa para risos de novo, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk). Grande noite chegou, nao sei que dia da semana era mas la fomos nós para a escola, todos juntos carregando violoes, teclado bateria, guitarras e cubos, pedal ? o que era isso, ninguem sabia.
    Patio da escola lotado, a gincana correndo solta, a galera pulando vibrando com as brincadeiras, as meninas por ali dando uma olhadela em nós no palco nos preparando para apresentação, e de olho nelas tambem, eu procurava por minha " amada' e quando a avistava, meu coraçao gritava de alegria, e eu sonhava ela ira me ver tocando, e depois eu desço do palco e lhe dou um beijo, tudo assim facil, inteiramente facil, pra voce e eu e todo mundo cantar junto. ( pausa para risos novamente, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk)
    A gincana termina, somos apresentados para o grande publico estudantil pelo professor de artes, o Cláudio, e começamos a tocar tocamos e tocamos, sim agora foram apenas duas musicas antes do" fato fatal". Havia cabo de instrumento e de energia esticado para todo lado e nosso vocalista na ancia de fazer algo bonito para as fãs, corria de um lado para o outro cantando e pulando quando derrepente torpeça em um cabo desses, e cai do palco. Resultado; fim de show todos rindo ele esticado no chão com vergonha de se levantar, eu no lugar dele, tambem ficaria ali quietinho e pediria o resgate para me buscar, os risos eram altos que mesmo nós tocando escutavamos os risos e gargalhadas confesso eu tambem ria muito e acabamos por ali mesmo, nosso vocalista ficou ali deitado uns cinco minutos com cara de tacho.
    Esse foi o ultimo show dessa banda sem nome a nossa amizade continua e sempre que me encontro com alguem dessa epoca damos boas risadas. A antes que me esqueça, com todo esse riso, nao fui falar com meu "amor adolescente" e acho que ela nunca soube sobre meus sentimentos.

by Alexandre Choko




segunda-feira, 6 de maio de 2013

O violão e a dançarina

 

    Relutei o quanto pude para não escrever sobre esse assunto, mas hoje não me contentei, preciso escrever algo sobre.
    As familias se conheciam deste sempre, ninguem sabe dizer quando começou a amizade, entre os avós, entre os pais, quase todos juravam que se tratavam de uma só familia, mas na verdade eram apenas amigos. O filho mais velho nasceu, seria o primeiro neto homem, pois ja haviam mulheres, quando o garoto estava para completar cinco anos nasceu a menininha da outra familia, toda bonitinha era pequenina;
    Vamos dar um pulo no tempo os dois cresceram , com quase cinco anos de diferença, ninguem iria dizer que havia algo entre eles, porque nada havia mesmo, ele com seus interesses de um garoto de onze anos, queria jogar bola, ser um grande jogador de futebol e ela apenas brincava com suas bonecas junto de duas irmas e primas, quando as familias se reuniam  eles mal se olhavam e quando havia um contato era sempre ele zuando com ela, chamando de pirralha e mandando ela ir trocar as fraldas, mesmo assim ela gostava de ver ele dando uns chutes na bola com os primos, logo ele se interessou por musica e pediu um violao para o pai, isso com influencia de outro amigo que tambem tocava, loga começou a fazer aulas e a tocar melhor que o amigo. Vivia levando o violao para a escola e a mãe precisava ir buscar pois os inspetores tomavam o violao por tocar dentro da sala de aula.
    Ela ja com quinze anos agora os interesses mudaram, estava  totalmente centrado nos estudos e nas paqueras, ela com dez para onze anos, estudava na mesma escola que ele, mas pouco se viam, se encontravam apenas na hora da entrada naquela bagunça toda, ele sempre chegava quase que atrasado mas ela estudiosa sempre no horario certo, mas ficava no portao apenas para ver ele entrar, ela inciando os estudos no que hoje chamamos de sexto ano, e ele no primeiro ano do ensino medio, as vezes com as aulas vagas devido as faltas de professores se encontravam pelos corredores ou entao na quadra esportiva, mas ele nao a olhava, até que um dia durante um jogo de futebol ele fez um gol e ela comemorou como se estivesse no maracanã lotado, em uma final de copa do mundo, suas amigas que estavam juntas, se assustaram com a empolgaçao da garotinha, afinal varios  garotos já haviam, feitos gols e ela nem se importou. Os garotos que estavam na quadra tambem se assustaram afinal ela sempre foi uma garotinha recatada.
    Alguns anos se passaram, agora ele estava na faculdade, e tocava em uma banda nas horas de folga, nas reuniões de familia, sempre rolava um som, um pagoadinho como eles mesmo diziam, "era de lei" agora ele estava com 18 e ele com 14, os olhares eram outros, ela estava se transformando em uma linda mulher, fazia aulas de dança, e adorava dançar, e durante as festas da familia ele sempre a tirava para dançar, tenho certeza absoluta que ele fazia isso sabendo que ela adorava ser convidada por ele, embora ele nunca me tenha falado nada, eu sei , eu sei de muita coisa sobre esse casal.
    Ele estava namorando uma outra garota que conheceu na faculdade todos na familia e os amigos adoravam  a namorada, apenas nossa amiga que não, lógico havia lá seus motivos, quando a namorada estava por perto, não havia um santo para fazer ela sorrir, nao havia uma musica que a fizesse dançar,  até tentavam faze-la dançar mas ela se negava.
    Por influencia dele, prestou vestibular para o mesmo curso em que ele havia se formado no ano passado, ele apesar de estar trabalhando em uma empresa de exportaçoes e importações, continuava com a banda tocando nas boates e bares da região, ela agora dançava profissionalmente  em festas e apresentações  culturais, estava ganhando sua vida com a dança. Uma noite quase sem querer, se encontraram, ele iria tocar  em uma boate com sua banda e ela sem saber que ele estaria por lá, apareceu com as amigas, ela estava na fila de entrada e ela passou  ao se avistarem fizeram a maior festa, devido a correria e compromissos ja estavam alguns meses sem se verem, foi um abraço demorado e gostoso.
    Ele perguntou a ela se estava com alguem, ela disse que apenas com duas amigas, ele propós a ela, dizer na portaria que ela era sua namorada e que as duas amigas eram irmas dela, assim, todos entrariam de graça  com a banda, os olhos dela brilharam com a possibilidade de ser namorada dele por alguns minutos e assim fizeram. entraram e ela como uma otima namorada, ficou ao lado de seu homem o tempo todo, separando dele apenas quando subiu ao palco para tocar, e mesmo assim sem tirar os olhos dele, ele tambem agiu como um otimo namorado, oferecendo agua, refrigerante e tudo mais que poderia dentro dos limites lógico. Ao termino da noite, ainda dançaram juntos alguns pagodes e alguns forros que o DJ tocou a seu padido, nao poderia perder a oportunidade de dançar com ela novamente. Ele ofereceu carona mas ela iria ficar na casa de uma amiga para irem juntas a faculdade na manha de sabado.
    Dias depois ele ficou sabendo que ela estava namorando com alguem que ele nao conhecia, foi entao que se decidiu iria ficar noivo, comunicou a seus pais, e pediu para que nao fizessem alarde sobre o assunto seria algo apenas entre os pais dele e os pais da noiva nada mais, fez os preparativos e foram para a casa da noiva, e ja sairam de lá com a data do casamento marcado.
    Abriria vagas para estagios na empresa e sabendo que sua amiga de infancia fizera o mesmo curso que ele, ofereceu uma das vagas a ela que prontamente aceitou e ao ficar sabendo  do salário comentou com ele, assim logo poderei me casar, ele me confidenciou que ao ouvir isso sentiu um aperto no coraçao, mas nao fez nada.
    O estagio poderia virar uma vaga permanente de emprego, ele torcia para que a vaga fosse dela para ficarem proximos e ela tambem vivia na mesma torcida, trabalhavam no mesmo setor ele era chefe dela, mas pouco se viam, ela vivia pelos corredores e ele trancado dentro de uma sala. Horarios de almoço diferenciados, as vezes ela se lembrava  da epoca da escola e fazia como antes ficava na entrada da empresa para ser vista por ele e poder ve-lo entrando em seu carrão. Mas logo ele iria se casar e ela ficaria na mao mesmo. E assim se fez, meses depois ele entra na igreja para receber o sacramento do matrimonio, ela inventou uma desculpa qualquer e nao compareceu ao casamento, de seu amigo de infancia e agora seu chefe tambem, e na mesma noite do casamento resolveu terminar seu noivado com aquele cara que conheceu dias depois de ter passado a melhor noite de sua vida, ao lado do homem que sonhou a vida toda.   poderia ser coincidencia, mas seu ex noiva estava com a mesma idade,  fez o mesmo curso e tocava violao, apenas nao tocava em nenhuma banda. Mas agora nada mais importava havia perdido o foco. nao importava mais.
    Apenas depois de alguns meses de casado ele ficou sabendo da decisao de sua amiga, mais uma vez, aquele aperto no coração voltou, nao sabia explicar, ficou alguns dias desnorteado, alguns meses estranho, a olhava pelos corredores da empresa, a seguia com os olhos, a desejava em segredo mas agora um desejo contido e escondido;
    Essa historia ainda nao acabou, quem sabe um dia teremos cenas de um proximo capitulo, mas por enquanto as coisas estão assim, ela dançando com a vida e ele tocando violão na esquina.



   by Alexandre choko

quarta-feira, 1 de maio de 2013

QUEM AVISA, AMIGO É, ACREDITE QUEM QUIZER.

   



    Ela estava por volta de seus 45 anos, mas com jeitinho de 32 morava no interior de São Paulo e era dona de seu proprio negócio que andava muito bem, fabricava e vendia doces e salgados sob encomendas para festas, todos da pequena cidade conheciam e apreciavam seus dotes. Era paquera por alguns homens, dizia que nao queria mais se envolver emocionalmente, forá casada por quinze anos, foi traida e abandonada pelo marido com os tres filhos ainda pequenos sendo que o mais novo ainda uma criança amamentando.
    A empresa crescia, estava contratando novos funcionarios, entre uma delas, uma garota que estava juntando finanças para uma viagem apenas de ida para europa, diretamente para portugal, um de seus irmãos ja estava lá e ela tambem queria ir. iria ficar trabalhando ali, apenas por tres ou quatro meses e completar o dinheiro necessario,l nesse periodo contava a todos os companheiros de trabalho como era a vida de seu irmao em Portugal e que em breve ele iria se transferir para França e quem sabe Italia e Inglaterra, e assim acabava seduzindo a todos que trabalhavam  junto dela.  Tanto falou que a patroa ficou curiosa.
    Começou a cogitar junto dos filhos uma possivel ida a portugal, com descendentes italianos seria facil entrar no pais com passaporte italiano, e iria como turista como era otima cozinheira nao seria dificil encontrar emprego em alguma cozinha de restaurante. O filho mais velho demonstrou interesse e começaram a arrumar os documentos, deixaram a pequena fabrica a cargo de uma prima e funcionarios e voaram ao velho continente.
   Nas primeiras semanas, agiram como turistas conheceram os lugares, experimentaram da culinaria e foram se informando com outras brasileiros onde e como poderiam encontrar emprego e um alojamento barato. O filho logo encontrou emprego no porto, retirando pescado de dentro de dos barcos e servindo aos restaurantes da regiao, ela se aventurou como cabelereira e estava se dando bem, foram morar em um apartamento junto com outros brasileiros, entre eles um rapaz que estava desempregado, tambem brasileiro vindo do estado de Goias.
    Ela começou a se envolver com essa rapaz, todos da casa olhavam com mals olhos esse ralacionamento, e logo ela que dizia nao querer se envolver emocionalmente com mais ninguem, se envolvendo com um rapaz mais novo, la do outro lado do planeta, o filho ficou contra ela, nao admitia a mae de namorico com uma rapaz mais novo que ele, afinal nunca havia visto a mae nos braços de outro homem, cogitou a mudança de apartamento, mas morar sozinho seria muito caro para ele e nao encontrava outra republica para morar, ficou por ali mesmo mas sem muito contato com  a mae e com o namorado, que ja virara marido, pois ja repartiam a mesma cama.
    Tempos se passaram e resolveram voltar ao Brasil, ela voltou para sua cidade, sem ele, que foi para Goias. Ela pode perceber que durante os dois anos que ficou fora sua empresa de doces e salgados, crescera e fora preciso contratar mais e mais funcionarios de quatro agora trabalhavam em dezoito, e que o dinheiro enviado estava sendo bem aplicado. Seu filho emfim pode se casar com a namorada da adolescencia, e ja estavam planejando um filho ele nao voltaria mais para portugal.
    O namorado chegou para o casamento do enteado, a familia toda pode ver realmente quem era o cidado que ficou praticamente os doias anos vivendo as custas da namorada, um sujeito folgado sem modos e sem educaçao, querendo tudo nas suas maos,  nao se levantava para pegar um copo de agua, logo a familia e os amigos começaram a falar, queriam abrir seus olhos, mas ela estava encantada com o "amor".
    Eles iriam ficar pela cidade mais alguns meses, para que ela pudesse transferir a empresa toda para sua prima, agora ela iria para Europa e nao teria data para voltar, iria ficar alguns anos por lá, ao lado de seu novo amor, por outro lado ele incistia em embarcarem rapidamente, dizia nao  suportar o calor do brasil que nao se acostumava mais em viver por aqui, havia algo de estranho e todos suspeitavam, ele não parava muito tempo em casa, vivia no centro esportivo da cidade, ou melhor na piscina cercado de mulheres ao ser questionado sobre seu relacionamento com a "doceira" dizia que ela era sua prima, e que eles iriam viajar para portugal.
    Não demorou muito para essa fala dele chegar até os parentes dela, e logico a ela e como sempre ao ser interrogado dizia se tratar de calunias que os parentes dela nao gostavam dele, apenas pelo fato de ser mais novo. Um dia deixou escapar para algumas pessoas que era pai em Goias que havia um filho seu por lá mas que iria para portugal para mandar dinheiro para essa criança.  De onde sairia esse dinheiro todos ja sabiam, sairia do bolso da "doceira" que estava bancando o sujeito desqualificado.
    Chegado o dia da viagem, os filhos dela imploravam para que ela nao fosse, mas convicta de sua decisao, foi mesmo assim, levando o namorido junto,  desembarcaram em Portugal e como ela fez a primeira vez, dedicou-se ao turismo por alguns dias, logo depois embarcou para Inglaterra onde moravam alguns conhecidos dela e que ja haviam feito o convite para  a visita, novamente ela se deu bem, logo no primeiro dia, foi contratada por um restaurante especializado em cozinha brasileira, enquanto ele, como sempre encostado nela, sempre dizendo que nao conseguia nada por nao saber falar ingles, mas nada fazia para aprender suas companhias eram sempre de brasileiros e corria de conversar no idioma do pais.
    Se envolveu com um grupo de pagode, embora nao tocasse nada e nao soubesse cantar, acompanhava a trupe por todos os lados em todos os pubs que os pagodeiros tocava la estava ele, ora de segurança ora de acompanhante ora de faz nada, dinheiro que era bom, nunca aparecia, apenas sugava de sua namorida, algumas libras para isso, alguns euros para aquilo, e assim viviam, enquanto isso aqui no Brasil a familia descobriu que  realmente ele havia feito um filho em Goias, como? A mae da criança rastreou até a pequena cidade do interior de sao paulo e contou toda a realidade, que eles namoravam deste antes de ir para portugal, que ele enviava dinheiro todo mes para ela,  que nunca falhava o filho haviam feito na ultima visita, gravaram um video com o depoimento da moça e enviaram para ela, ao receber o video ficou chocada mostrou para  ele que negou conhecer a moça disse que era uma armaçao que nada daquilo era real, entao ela acreditou nele novamente e se distanciou da familia.
    Alguns meses se passaram ele continuava sem trabalho, vivendo as custas da namorida, ela foi convidada por um restaurante italiano para que fosse cozinhar para alguns brasileiros que iriam passar por lá, como era tudo por conta do restaurante ela aceitou mas nao levou seu companheiro que ficou na Inglaterra sozinho.
    Ela voltou e continuaram suas vida, meses depois recebeu uma noticia que mudaria sua vida, seu namorido estava envolvido com outra mulher, alguem lhe madou fotos e dessa vez eram fotos da inglatessa e com certeza no periodo em que ela esteve na italia. E agora o que fazer? ja de antemão sabia que nao poderia contar com a familia afinal eles tentaram avisar, mas ela nao quiz ouvir, os amigos com certeza tambem sabiam de tudo pois alguns sempre dizia a ela para abrir o olho, nao ser tao mão aberta com ele, como sempre foi. Estava lá triste e desiludida, todas suas convicçoes de mulher decidida a nao se envolver com homens, havia se quebrado quando encontrou o tal rapaz que se dizia apaixonado, entao seus olhos começaram a se abrir, caiu na real, viu que ele nunca trabalhou um dia sequer, deste quando estavam juntos, que os gastos dele eram muito grandes para quem apenas ficava em casa e saia as vezes com amigos, onde estaria sendo colocado tanto dinnheiro assim. Se lembrou que as contas que fizera com a prima que tomava conta de seu nogócio no Brasil, nao fecharam, ela dizia ter mandado x, mas a prima disse receber -y, algumas vezes ela lhe entregava o dinheiro para que fosse feito o deposito.
    Investigou pergunto a ele, nunca havia pedido os comprovantes de depositos sempre confiou em seu namorido, sempre pensou que ele era, uma pessoa honesta. Foi ao banco conversou com o gerente e puxou todo o historico de sua movimentaçao, viuque realmente estava sendo roubada deste o primeiro dia, varios depositos realizados pela metade ou muito abaixo do valor enviado.
    Saiu do banco decidida iria mandar o mal carater embora, chegou em casa o encontrou ele sem saber de nada a recebeu feliz da vida com beijos que ela retribuia friamente e abraços gelados, ela disse a ele que iria
voltar a italia por mais duas semanas, para cozinhar no mesmo restaurante que iria deixar dinheiro com ele para essas duas semanas e voltaria, mas na verdade ja mudara de idéia no mesmo dia a noite embarcou em um avião para Italia, e fez conexão com um vôo para o Brasil , estava arrependida, se afastou da familia e dos amigos mais intimos por causa de um homem que estava apenas interessado em seu dinheiro, havia falado a seus familiares que nao precisava deles para viver, feliz e agora voltava para casa, ou melhor voltava para o Brasil sem saber se seria bem recebida, ao chegar em Sao Paulo resolver descer a serra e não vir para o interior para sua cidade, se hospedou em um hotel, procurou um apartamento, se instalou e vive la até hoje, mais uma vez se retirou do convivio dos homens, aos poucos esta voltando a falar com a familia, mas sente que ainda existe um receio de ambas as partes.
    Quanto a seu namorido? não teve mais noticias.


by Alexandre Choko