sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Reveillon

 Os fogos pipocavam no ar, o olhar dele, se perdia em um ponto qualquer  da noite escura, os pensamentos era apenas um, era apenas nela, mas nao o que ela estaria fazendo naquele momento, mas sim o que eles fizeram por muitos anos naquele momento foram muitos anos vivendo juntos, em varios lugares visitados naquela data durante os anos juntos. As pessoas que conheceram, mas  o que mais sentia falta, era o abraço dela, o cheiro dela o volume de seus cabelos em suas maos. o sabor do beijo molhado as palavras que sussurravam,  desejando um bom inicio de ano. Mas ele continuava ali impavido parada na beira da estrada, olhando a noite escura sem destino apenas com esses pensamentos ligados a uma pessoa que foi muito proxima e agora estava distante, alguem que jurou um dia estar ao seu lado a vida toda, e agora nao podiam se aproximar.
Em algum lugar distante dali, ela estava olhando os fogos, observava a beleza dos jogos no ar as cores, ouvia as vozes das pessoas o cantarolar de outras as pessoas que se abraçavam logo sua cabeça voltava-se em pensamentos em momentos passados quando ele lhe fazia juras de amor naquele momento, dos toques de maos em seu corpo, o cheiro de seu perfume, os beijos que recebia em seu rosto, começando bela testa, olhos, e finalmente em sua boca, naquele momento levou sua mao até seus labios querendo reproduzir o toque de seu beijo, mas foi em vão nao mais sentiria aquele mesmo toque, nesse momento lagrimas desciam por seu rosto, amigos vieram abraça-la, alguns diziam que ela chorava levada pela emoçao de mais um ano estar começando, mas a verdade era apenas uma, ela sentia falta de alguem.
Ela olhou em seu relogio, ja inciava um novo ano, lagrimas desciam em seu rosto, procurava algum lugar para estacionar o carro, procurava um hotel um motel um posto de gasolina, luzes, mas nao havia nada alem da estrada escura a sua frente, musicas no ritmo de axé que ao contrario dela, ele detestava e esporadicamente cruzava, com um caminhao buzinando freneticamente pela estrada comemorando aquele ano que se iniciava.
Os amigos a levaram para o centro da pista, sabiam que ela gostava de dançar ela relutou, mas aceitou a proposta tentava se mover com e levesa de bailarina que um dia foi, mas nao conseguia, algo a segurava, nao importa o quão a musica tocava seu interior, havia algo mais forte que nao a deixava se mover. A medida que o tempo passava mais ele acelerava seu carro ela auto estrada, sabia que nao haveria beijos na chagada, mas queria chegar a algum lugar naquele instante. moveu o braço direito sobre o banco do acompanhante, pegou um bombom abriu e colocou na boca, seria sua ceia de ano novo. 
Ela saiu da pista, foi até a mesa de frutas, escolheu um pessego, colocou na boca, nao sentia o gosto da fruta, mas o gosto da boca que desejava ter ao seu lado aquela noite. mais lagrimas desciam de seu rosto, lembrando-se de sua primeira noite de amor, quando ele colocou um pessego em sua boca em seguida beijando-a, mas sabia que nao teria aquele beijo.
Na estrada as lagrimas desciam mais forte de seus olhos, dexando a visao embasada por tras dos oculos, veio a lembrança do ultimo reveillon juntos na casa de amigos a beira de uma enorme piscina, onde após a contagem regressiva algumas pessoas se jogaram na piscina, e por acidente ele tambem foi para agua, perdeu suas lentes de contado e deste entao nunca mais usou, acabou sorrindo imaginando o incomodo que seria agora estar chorando com as lentes e dirigindo de alguma maneira teria que estacionar, foi quando percebeu ao longe uma placa em neon indicando um posto de gasolina, resoveu que era hora de parar.
As lagrimas se tornaram intensas, nos olhos delas, entao resolveu sair da danceteria, dirigiu-se até a area aberta onde estava vendo os fogos, estava ali sozinha, mais uma vez olhando o ceu negro sem estrelas e com ameças de chuva, nao havia pecebido que estava com o celular em suas maos, nao sabia onde e nem com quem ele estava naquela momento a longos sete meses não se viam e não se falavam, nao mais falou com ninguem da familia dele e ele tao pouco mostrou interesse em falar com ela..
Ele desceu do carro e intuitivamente pegou o celular que sempre deixava entre o banco e a porta do carro, em caso de assalto quando descesse do carro poderia leva-lo sem que o ladrao percebesse, assim tambem ficava sua carteira. Entrou na conveniencia vazia, apenas um funcionario no balcao e um outro no caixa, cumprimentou a ambos desejando um feliz ano novo, pediu uma chicara de chocolate e um pao de batata, sentou a mesa, enquanto comia, o celular ao lado da mesa,  chamou sua atençao, Pensou e porque nao? apesar de nao se falarem não terem noticias um do outro esse tempo todo, nao haveria mal algum em ouvir sua voz novamente.
Ela pegou o celular abriu e deixou que seus dedos discassem aquele numero decorado, que durante muitos anos foram automaticos. Ele discou, na esperança de ouvir a sua voz.
Entao ouvia-se aquela voz. O numero chamado nao pode ser atendido, pode estar desligado ou temporariamente fora de serviço, por favor tente novamente mais tarde.
Mais uma vez provocou lagrimas entre os dois, ela imaginando que ele estava se divertindo com  alguma outra mulher, ele pensando que ela estava comemorando em outros braços.
Os funcionarios do posto notaram sua trsiteza aumentarem ao volume da televisao que tambem estava em um show de axe, para espantar a tristeza dele, mas foi em vão, ele se levantou pagou sua conta e se colou na estrada mais uma vez.
Ela chamou uma de suas amigas e pediu para ser levada para casa, nao suportava mais ficar ali, aquele nao era mais um bom ambiente para ela, no trajeto para casa contou a sua amiga, tudo que passou em seus pensamentos naquela noite e como se sentia triste de nao estar ao lado do homem que tanto amou.
O celular dele vibrou , imaginou ser ela, nem olhou o numero, atendeu tentando esboçar felicidade, era apenas um amigo que deixou para traz, lhe desejando um bom inicio de ano, após terminar a ligaçao, seu coraçao entrsteceu novamente. Ela nao largava o celular um só instante, chegou em se apartamento, entrou olhou na secretaria eletronica, esperando ouvir ou ver um numero conhecido, havia sim varias ligaçoes mas nenhuma era a que ela esperava, foi para cama com o pijama que ele gostava de a ver vestida, pegou uma gota do perfume que ela havia deixado ali colocou em seu pulso, abraçou seu traveseiro e adormeceu.
Ele olhava no GPS de seu carro para conferir quantos km faltava para o destino final, e notava que havia muito a percorrer que chegaria apenas com o nascer do sol em seu destino final, pensava em pegar um desvio, parar em um hotel e seguir a viagem, apenas no dia seguinte, afinal ninguem o esperava mesmo, mas manteve-se na estrada, rumo a seu novo destino, que o deixaria mais longe ainda de seu grande e unico amor! Aquela que iria amar por toda a vida.

by choko

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