sábado, 17 de setembro de 2011

boas lembranças

Quem nunca teve alguém, que por algumas horas fez parte de sua vida, ou por alguns anos que derrepente foi embora e ficou apenas as boas lembranças. Eu tenho algumas pessoas assim e hoje irei falar sobre elas.

Se me recordo bem era ano de 1987, eu estava cursando o sexto ano ja estavamos o inicio do segundo bimestre, entrou na sala um carinha magricela, com sardas no rosto desengonçado e falando engraçado,era o Andre, o pai dele trabalhava na Petrobrás e alguém havia inventado que aqui no oeste de sao paulo, havia petroléo então veio o pai do Andre como engenheiro dar uma verificada nisso ai. Depois falo o que encontraram aqui. aprontávamos André era um palhaço, riamos muito dele e com ele, aprontavamos mil e umas na escola e na rua também as  mais marcantes, foram as noites que iamos na casa da dona Armelinda,  pegar coco no pé que ficava bem pertinho  da rua e baixinho, e quando ganhamos o campeonato de futsal inter classe na escola e as meninas todas vieram falar com a gente eu fui o goleiro menos vazado e ele o segundo artilheiro.
Mas um dia o Andre chegou calado na escola nao queria brincar, nao queria zuar a noticia estava estampada no rosto dele, iriam embora da cidade, porque nao havia petroleo aqui apenas agua quente.
Foi triste para mim, hoje eu vivo de boas lembranças daquele cara super bacana que fez parte de minha vida. Eu nao me lembro de todo o nome do Andre, por isso nao googlei ele por ai.
Andre se voce ler isso aqui,entre em contato meu amigo.

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Certa vez, estava voltando de trem para casa, depois de passar uma temporada na casa de meus tios em Maua, foram ferias legais, eu estava com 16  anos e foi a primaira vez que viajei sozinho, sem meus pais, mas como disse estava voltando, me lembro de ter entrado no trem as cinco da tarde na estaçao da luz, o vagao estava quase que vasio bem iluminado e poltronas confortaveis, me sentei e fiquei olhando as pessoas na plataforma até que minha viagem de regresso comessasse, assim que o trem se colocou em movimento eu fechei meus olhos e adormeci, perdi a noçao do tempo, acordei ja estavamos em sorocaba e com varias pessoas, no vagao entre elas uma em especial me chamou atençao.
Fiquei olhando de longe apenas, com ela haviam outros jovens uns quatro um homem e tres mulheres e uma senhora que cuidava de todos, ela quase nao se mexia ficava ali sentada olhando pela escuridao da janela as luzes longe, muito longe. Ja estava sentado a muito tempo e resolvi dar uma volta pelo trem, as viagens de trem eram legais por isso, se cansava levantava e iamos para a porta olhar o mato e sentir o vento kkkkkkkkk.
Passei pelo bando onde ela estava o pessoal estava animado jogando resta um e dama, queria me oferecer para jogar com eles mas fiquei na minha, nem fui notado.
A fome apertando me lembrei dos pasteis que minha tia havia feito, e fui comer,mais um detalhe que adorava nas viagens de trem eram aqueles garçons que passavam, grintando o cardapio do dia era muito divertido "refrigerante, cachorro quente" - gostava de ouvir.
Altas horas da noite eu ali sem dormir sem uma tv para assistir sem um som para ouvir ao nao ser o sacolejo do trem, a turminha la da frente animada nos jogos o trem parou em algum lugar que nao seio nome, apenas olhei pela janela e vi uma televisao ligada passando os gols da rodada, no fantastico, desci correndo para saber o resultado dos jogos o chefe do trem tambem desceu e foi na tv junto comigo, ficamos ali esperando o povo descer subir e olhando os gols, o chefe era corintiano, porque depois que passou os gols da derrota do timão ele se apressoua soar seu apito e fazer o trem andar. Subimos juntos no trem e no mesmo vagão, ele puxou papo comigo, perguntou meu destino eu falei, contei que meu pai tambem era ferroviario, ele queria saber de onde entao falei, ele ficou boqueaberto quando disse que viajava sozinho, estavamos passando pelos acentos da galera agitada de sorocaba. Ele chamou a tençao da tia da galera para mim, disse a ela: _ olha minha senhora o garoto esta viajando sozinho sem os pais. 
Ela entao disse: _ E e pageando meus sobrinhos de volta para casa. 
Aproveitando a deixa puxei assunto, perguntando de onde eram e fui descobrindo coisas, eram de paraguaçu paulista, aqui pertinho, tambem foram em ferias para casa dos tios logo me vi sentado conversando com a tia e com o chefe do trem, ela me apresentou aos seus sobrinhos me disse o nome de todos mas guardei apenas o nome de uma, Ana Paula, para ela que fiquei olhando o tempo todo, estava quietinha na dela quase nao conversava com os primos e irmas, nao jogava dama nem resta um, logo eu fui desafiado a uma partida de dama e aceitei, nao me lembro de ganhei ou perdi mas estava enturmado. Ana era mais velha dos sobrinhos, tudo que faziam errado a culpa recaia sobre ela, e as vezes eu tentava dizer pra tia que nao era ela mas sim os outros mas a tia dizia que ela precisava tomar conta dos mais novos, Ana tinha cabelos negros caxeados um olhar linda, labios rosados maos delicadas a todo momento eu me imaginava beijando sua boca e tocando sua pele.
O trem rumava destino ao oeste e nossa turminha animada jogando dama, resta um e acharam um bingo tambem ai a coisa ficou mais divertida, apostavamos coisas bobas, do tipo quem ganhar puxa o cabelo do outro, puxa a orelha quando começamos a apostar beijos no rosto eu me exaltei, a cada numero cantado eu  ficava eletrico conferindo para poder ser de minha cartela e pedir um beijo da Ana, mas nao rolou. Nem sei quem  foi o ganhador.
Ficamos ali jogando por horas nao me lembro a que horas fui dormir, mas acordei antes que eles descessem, passei por eles e estavam todos dormindo, apenas a tia cordada, eu fui ao banheiro e fiquei na porta olhando e sentido o cheiro do mato com orvalho da manha, sao aromas de minha infancia e adolescencia que nunca saem de minha memoria. O primeiro sinal de despertar veio quando um garçon passou anunciando _ chocolate quente!!! olha o chocolate quente!!!!!
Notei que alguem deles havia se movimentado, entao volei ao meu banco, pedi um copo ao garçon e saboreei meu chocolate, para minha felicidade eles vieram ao meu assento e ficamos batendo papo ali,sem jogar nada, contando um para o outro sobre escola, namorados, paqueras eu me lembro que deixei escapar que minha paquera estava perto e ao mesmo tempo longe e alguem gritou "Ana Paula". eu sorri e tentei disfarçar,mas ficou na minha cara, era por volta das sete da manha, haveria mais uma hora de viagem para que eles descessem estavamos nos aproximando de Assis, talves com um pouco de sorte meu pai estaria na conduçaodo trem eu o veria e antes de assumir a locomotiva e faria um pouco de moral com a galera, olha meu pai esta pilotando o trem, coisas de criança exibicionista rsrsrs.
Mas nao era meu pai entao deixa pra la.

Assim que partimos de assis,a tia os chamou a frente para arrumar as coisas, eu lancei aquele olhar a Ana, uma mistura de Adeus com eu te amo, mas estava com muita vergonha para dizer alguma coisa, entregar a ela o numero de meu telefone ou pedir o dela,estava totalmente fora de cogitaçao. E assim se foi Ana Paula e seus primos, desceram daquela trem naquela manha calorente de julho levando um pequeno pedaço de meu coraçao que depois se recuperou, deixando em mim boas lembranças.


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by choko


2 comentários:

  1. Bem bolado seu blog. Continue contando casos, fatos, recordações, Alexandre. Abraço!

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  2. Ola Jorge, obrigado pelo apoio, estava afastado, sem escrever muito, apenas com ideias na cabeca mas sem.insoiracao para digitar, mas estou voltando.

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