sábado, 11 de agosto de 2012

Noinha


A noite estava linda, a lua brilhante, e estávamos todos contentes, depois de mais uma domingueira, no clubão.
Era por volta das onze da noite, aquele dia havíamos saído de casa às sete da noite, como sempre um passando na casa do outro, para chegarmos todos juntos na avenida e sermos visto, na verdade eu não queria ser visto por ninguém, naquela época nenhuma menina me interessava a não ser a Valeria, aquele sonho de menina, uma mocinha linda que me esnobava, prima de um amigo meu, sempre que saia eu dava um jeito de me aproximar dela, como também era na escola, às vezes ganhava um oi, um sorriso e nada mais, mas hoje não vim aqui falar dela, a historia é outra. É historia mesmo fato verídico e engraçado.
A noite já se findava, era o final do clubão a tradicional musical final tema do filme “carruagens de fogo” estava tocando, alguns pé de valsa adoravam bailar ao som dessa musica, os seguranças iam ascendendo as luzes e colocando o povo pra fora. Nesse dia eu e meus primos e alguns amigos saímos e decidimos dar um role pela avenida antes de irmos para casa, um pessoal que sempre, vinha de outra cidade,  ficavam por ali em busca de carona ou esperando o ônibus mesmo, era a chance para uma paquerada a mais ou deixar algo engatilhado para a próxima semana.
Passamos pela avenida e não encontramos ninguém, apenas mais alguns malucos lá da vila que também desceram a avenida conosco, e descíamos a rua cantarolando dançando tirando o sarro, havia também algumas meninas amigas, irmãs primas e algumas mães que iam buscar suas filhas no clubao, as fazendo pagarem aquele mico. O assunto era sempre quem pegou quem, quem paquerou quem, eu sempre voltava feliz, porque ao menos uma musica, eu dançava com Valeria, e isso já me deixava muito feliz.
Algumas quadras a frente sempre havia uma separação a galera da quinze se despedia da turma da campos salles, e ficamos apenas uns quatro amigos,  sempre juntos morávamos um ao lado do outro, aquela noite me lembro bem a lua estava cheia, podia-se enxergar o fim da rua como se fosse dia. Passou um moto a toda velocidade por nós, quase que nos atropelando, foi ao fim da rua, e voltou novamente, pulamos para a calçada com medo, mas de longe deu para reconhecer, era um noinha vizinho nosso, estava com medo de alguma coisa, com certeza havia aprontado alguma, estava parado agora em frente a sua casa mexendo no portao para entrar com a moto. Adiantamos  nossos passos e fomos até ele, perguntamos o que estava acontecendo, ele que não escondia nada de nós, disse que estava com problemas havia pego algo de alguém e não havia pago e estavam atraz dele agora.
Riamos muito com ele contando isso para nos, um de nossos amigos, que estava  um pouco mais atraz, também estava muito assustado com tudo, dizia que queria ir embora, derrepente escutamos algo nos fundos da casa do nosso amigo noinha, todos ficaram com medo então, ele nos pediu para ajudar a guardar a moto, abrimos o portao e empurramos a moto para dentro, derrepente um outro barulho  vindo dos fundos, agora todos com medo, queríamos correr e deixar ele sozinho, mas eramos amigos, resolvemos ficar,  mas ele também com medo, disse para puxarmos a moto para fora e irmos embora que ela iria dormir na casa de uma tia em outro bairro. Fizemos isso e fechamos o portao, saímos a galope para a esquina.
Nosso amigo, que estava com cara de apavoro, caiu na risada nos chamando de cagão, e nos bravos com ele, dizendo que quem estava com medo era ele, chamando toda hora par ir embora. Entao  veio a revelação, ele disse que enquanto empurrávamos a moto para dentro ele pegou algumas pedras e jogava nos galhos da arvore la no fundo do quintal e quando olhávamos para traz ela se temia de medo.
Um tremendo FILHO DA PUTA, mas ainda rimos desse fato que aconteceu a mais de vinte anos e o nosso amigo noinha nem imagina o que aconteceu naquela noite.

by choko

Nenhum comentário:

Postar um comentário

gostou? entao comente, assim posso melhorar mais ainda!!