A noite estava linda, a lua
brilhante, e estávamos todos contentes, depois de mais uma domingueira, no
clubão.
Era por volta das onze da noite,
aquele dia havíamos saído de casa às sete da noite, como sempre um passando na
casa do outro, para chegarmos todos juntos na avenida e sermos visto, na
verdade eu não queria ser visto por ninguém, naquela época nenhuma menina me
interessava a não ser a Valeria, aquele sonho de menina, uma mocinha linda que
me esnobava, prima de um amigo meu, sempre que saia eu dava um jeito de me
aproximar dela, como também era na escola, às vezes ganhava um oi, um sorriso e
nada mais, mas hoje não vim aqui falar dela, a historia é outra. É historia
mesmo fato verídico e engraçado.
A noite já se findava, era o
final do clubão a tradicional musical final tema do filme “carruagens de fogo”
estava tocando, alguns pé de valsa adoravam bailar ao som dessa musica, os
seguranças iam ascendendo as luzes e colocando o povo pra fora. Nesse dia eu e
meus primos e alguns amigos saímos e decidimos dar um role pela avenida antes
de irmos para casa, um pessoal que sempre, vinha de outra cidade, ficavam por ali em busca de carona ou
esperando o ônibus mesmo, era a chance para uma paquerada a mais ou deixar algo
engatilhado para a próxima semana.
Passamos pela avenida e não encontramos
ninguém, apenas mais alguns malucos lá da vila que também desceram a avenida
conosco, e descíamos a rua cantarolando dançando tirando o sarro, havia também algumas
meninas amigas, irmãs primas e algumas mães que iam buscar suas filhas no
clubao, as fazendo pagarem aquele mico. O assunto era sempre quem pegou quem,
quem paquerou quem, eu sempre voltava feliz, porque ao menos uma musica, eu
dançava com Valeria, e isso já me deixava muito feliz.
Algumas quadras a frente sempre
havia uma separação a galera da quinze se despedia da turma da campos salles, e
ficamos apenas uns quatro amigos, sempre
juntos morávamos um ao lado do outro, aquela noite me lembro bem a lua estava
cheia, podia-se enxergar o fim da rua como se fosse dia. Passou um moto a toda
velocidade por nós, quase que nos atropelando, foi ao fim da rua, e voltou
novamente, pulamos para a calçada com medo, mas de longe deu para reconhecer,
era um noinha vizinho nosso, estava com medo de alguma coisa, com certeza havia
aprontado alguma, estava parado agora em frente a sua casa mexendo no portao
para entrar com a moto. Adiantamos nossos passos e fomos até ele, perguntamos o
que estava acontecendo, ele que não escondia nada de nós, disse que estava com
problemas havia pego algo de alguém e não havia pago e estavam atraz dele
agora.
Riamos muito com ele contando
isso para nos, um de nossos amigos, que estava um pouco mais atraz, também estava muito
assustado com tudo, dizia que queria ir embora, derrepente escutamos algo nos
fundos da casa do nosso amigo noinha, todos ficaram com medo então, ele nos
pediu para ajudar a guardar a moto, abrimos o portao e empurramos a moto para
dentro, derrepente um outro barulho
vindo dos fundos, agora todos com medo, queríamos correr e deixar ele
sozinho, mas eramos amigos, resolvemos ficar,
mas ele também com medo, disse para puxarmos a moto para fora e irmos
embora que ela iria dormir na casa de uma tia em outro bairro. Fizemos isso e
fechamos o portao, saímos a galope para a esquina.
Nosso amigo, que estava com cara
de apavoro, caiu na risada nos chamando de cagão, e nos bravos com ele, dizendo
que quem estava com medo era ele, chamando toda hora par ir embora. Entao veio a revelação, ele disse que enquanto empurrávamos
a moto para dentro ele pegou algumas pedras e jogava nos galhos da arvore la no
fundo do quintal e quando olhávamos para traz ela se temia de medo.
Um tremendo FILHO DA PUTA, mas
ainda rimos desse fato que aconteceu a mais de vinte anos e o nosso amigo
noinha nem imagina o que aconteceu naquela noite.
by choko
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