quinta-feira, 22 de agosto de 2013

INJUSTIÇAS



Hoje se fala muito em bulling , vamos dizer que esta na moda, mas isso já vem deste muito tempo, me lembro de algo de minha infância que marcou minha vida e posso dizer que me causou um trauma, eramos  apenas dois negros no período em que estudava, eu por ser ser filho de uma família classe media, com pais que eram amigos de todos na cidade não sofria com isso mas meu amigo negro que não teve a mesma  felicidade que eu tive sofreu.
Certo dia estávamos na aula de Educaçao física, ele por ser bom de bola sempre era escolhido primeiro para qualquer equipe deste que fosse jogos de futsal, eu como era bom no vôlei era sempre o primeiro a ser escolhido para o voleibol, certo dia estávamos sentados ouvindo a explicação do professor sobre a atividade a se realizar, me lembro que fazia muito frio, eu estava usando luvas e meu amigo de touca, prestávamos atenção na fala do professor,  e as vezes cochixavamos algumas coisas, meu amigo falava do tênis novo, naquela época usávamos o tênis chamado chineizinho ou então  conga para as aulas de ed física, mas meu amigo estava usando um tênis  rainha, não estava mostrando nem se exibindo com o novo tênis, havia ganho de um tio presente de aniversário , um dos garotos que estavam  sentados atrás de nós, sem  se constranger quando nos levantávamos para o aquecimento disse em alto e bom som,  “onde você roubou esse tênis”,  Eu tomei as dores e queria dar um soco um pontapé naquele rapaz mas fui contido por meu amigo ao som das risadas de todos os outros garotos que estavam na aula, e o professor nada fez.
Dias depois,  chegou na escola o filho de um bancário estava matriculado em nossa sala mas pouco falava conosco, ficava na dele, durante o intervalo sempre rolava um joguinho de futsal quando a quadra não estava sendo usada para aula de ed física, era um arranca faísca só, muitos se machucavam, mas mesmo assim o trupe acontecia, em um desses dias meu amigo jogando o futsal com a turma eu na arquibancada com outros colegas observando  as meninas, até que começou o empurra empurra na quadra,meu amigo veio para nosso lado e ficamos na arquibancada olhando de longe foi então que começou a segunda injustiça.
Havia um senhor que  na época era inspetor de alunos, ele entrou no meio da confusão e dissipou com tudo ao espalhar a garotada, conversou com alguns alunos e veio em nossa direção, acompanhado de outros três ou quatro alunos, ficamos ali parados sem ação alguma, então ele segurou meu amigo por um dos braços e disse que ele era agressivo que iria leva-lo para conversar com a diretora, ficamos olhando  todos sem entender  o porque sendo que na hora do reboliço todo meu amigo saio  da quadra e veio ao nosso encontro  sequer sabíamos o porque da confusão,  mas logo ficamos sabendo que alguém havia  acertado uma bolada no garoto novato na escola e um dente dele havia sido arrancado, alguns garotos mais exaltados disseram ser um soco e que meu amigo  havia socado o tal garoto.
Algo que não aconteceu,  como disse ela não participou da confusão enquanto o inspetor o segurava pelo braço, ouve uma transformação, aquele garoto de semblante calmo mudou completamente,  com a injustiça que estava sendo realizada, ele começoua a se agitar se atirou ao chão, chorava como crianças que eramos na época, não havia quem o acalmasse, tentei me aproximar mas ele não me deixou, o inspetor  tentou abraça lo mas não conseguiu, ao final de tudo sua roupa estava suja, lagrimas escorriam de seus olhos e  foi suspenso por três dias, tentamos interceder junto a direção dizendo que ele não havia feito nada, mas nossas palavras não valeram  nada,  os pais dele foram convocados,  me lembro de quando ela  voltou  para a aula me dizer que os pais iriam mudar ele de período iria estudar a tarde, seria o fim de nossa parceria, até hoje me pergunto o porque aqueles garotos fizeram isso com meu amigo, ela era inocente, um ótimo jogador de futebol que todos queriam na equipe, mas  o fato de ser negro classe C, os amendrotavam,  porque eu que também era negro mas de classe B não era tratado como ele.
By Alexandre 

terça-feira, 23 de julho de 2013

AS SOMBRAS

A GENTE SE PERDE EM SOMBRAS
 QUE ENCOBREM OS MEUS SONHOS
 E DESEJOS QUE VOCE SENTE POR MIM.

EU VEJO A VIDA PASSANDO, 
SEM CORAGEM DE DIZER O REAL,
QUE  ESTA DENTRO DE MIM.

VEM AS NUVENS ENCOBRINDO O MEU SOL,
 ESFRIANDO OS PENSAMENTOS,
QUE ME LEVAM A VOCE,

ASSIM EU VIVO SEMPRE TRISTE...
DE LOGE TE OLHANDO
PENSANDO EM COMO..
TRAZER VOCE PARA MIM.

by choko

quarta-feira, 26 de junho de 2013

PREVISÃO DO TEMPO

O tempo aqui, altas nuvens de saudades,
 com cassetadas de chuvas de solidao durante o dia, 
uma brisa de amor passando por mim,
 que me leva até voce o tempo todo.
Sem perspectivas de sol da paixao,
 apenas esse frio que  reside nos atrios de meu coraçao, 
que chama por voce a todo instante.

by alexandre choko

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Um dia de louco

 

    Essa é do tempo da facul, estava cursando o segundo ano e fui convidado para participar de um projeto com pessoas sedentarias, trabalhavamos tres vezes por semana, na pista de atletismo da faculdade, um dia recebemos o convite para irmos a um hospital psiquiatrico da cidade executar uma  recreaçao com os internos.
    Preparamos varias atividades, sem saber como seria feito e como fariamos, era algo extremamente novo para nós e para a professora que nos orientava tambem. No dia a Van do hospital veio nos buscar na faculdade, ja saimos com cada um sabendo que atividade realizar, trabalhariamos em circuito como faziamos na pista de ateltismo e a parte incial seria feita pela professora orientadora.
    Chegamos ao hospital, arrumamos os materiais necessario para a atividades, e os internos começaram a se aproximar, alguns vinham conversavam normalmente sem apresentar nenhum sinal de anormalidade, outros apenas observavam de longe e alguns se sentaram nos bancos e ali ficaram.
    A professora subiu em um pequeno palco e começamou a atividade, primeiro fez um leve alogamento em seguido iniciou algumas coreografias de axé. Alguns de nós ficamos em cima do palco e outros entre os internos para auxiliar nos movimentos.
    Eu fiquei no solo com os internos, depois de algum tempo as feiçoes da professora e dos outros estagiarios  que estavam em cima do palco começou a mudar, mas de onde eu estava nao notava nada de errado até aquele sujeito enorme, com quase dois  metros de altura, que estava abrindo caminho entre os outros empurrando e chutando tudo pela frente e gritando bem alto _ Dá pra mim, eu tambem quero!!  e andando e repetindo _ Dá pra mim, eu tambem quero !!
    Os enfermeiros e medicos que ali se encontravam nada faziam apenas observavam e esboçavam risos, nao paramos a atividade mas aquele ser enorme subio ao palco e esticou as maos em direçao a nossa professora, ela foi se encolhendo no canto, eu tentei chegar até o palco mas nao consegui chegar a tempo, aquele interno pegou o microfone a força das maos da professora e disse:

    _ Agora é minha vez de cantar !

    E começou a cantar uma musica do Roberto Carlos. depois do susto todos cairam em gargalhadas demoramos um tempo para voltarmos ao normal e fizemos as outras atividades ao som de Roberto Carlos, muito mal interpretado.

by Alexandre Choko

domingo, 2 de junho de 2013

TEMPO de AMAR



quanto tempo dura o tempo, para a eternidade de quem se ama? quanto a eternidade, dura o tempo de quem ama amar!!

by Alexandre choko

segunda-feira, 27 de maio de 2013

ÒDIO




    Existem coisas, que nos acontecem e depois de anos, entendemos ou tentamos entender, somente hoje, depois de trinta anos, eu pude compreender algo que me aconteceu nos bancos escolares.
    Cursava o primeiro ano do ensino infantil sendo alfabetizado por uma das melhores professoras que existiam na cidade, estavamos estudando palavras com a letra D, como Dia,  Duas, Doce, dedo e aquela que seria minha algós por quase um més, ódio. Em todas as liçoes eramos sabatinados pelo ditado, frente a frente com a tão temida professora, sentavamos em sua mesa, e ela com uma ficha com varias palavras, nos apontava uma para que lessemos, sem gaguejar com todos os assento que pudessem ter com a pronuncia perfeita, aqueles que nao se davam bem,  ou nao completassem o ditado, nao eram promovidos para a proxima lição, e teriam que se sentar na fila dos atrasados, hoje em dia isso daria processo ao professor que  usasse tal pratica.
    Chegou minha vez, fui chamado me sentei olhei para a professora e começamos com o ditado oral. Ela apontava eu lia e vinham as palavras e eu respondendo, até que chegou em exatamente nessa palavra. Foi apontada pela primeira vez eu enrolei e nao saiu nada, ela incistia na mesma palavra e eu não conseguia ler aquele assento agudo, mudando o som de o, para ó; resultado, fui levado para a fileira dos atrasados.
    Teria nova chance, de sair dali, na proxima semana apenas, seria uma semana estudando arduamente para me sobressair, passei aquela semana, estudando as proximas liçoes, passando por todas as outras letras, vogais e consoantes que me apareciam, até que o dia chegou, nao me lembro agora corretamente qual era a liçao, do dia, mas nao poderia faze-la sem antes encarar o ditado oral da semana anterior.
    E recomeçamos, falei todas as palavras mas chegou nela novamente, aquele assento agudo, me fez parar, tremer, olhar para os lados, fazer cara de choro e chorar, esse foi meu primeiro choro na escola, foi algo mais desesperador, que o primeiro dia de aula, quando todos choram pois as mães nao podem ficar junto dos filhos, mas eu chorava por nao ter minha mãe por perto, por estar em dificuldade e nao ter quele colo gostoso para me jogar e pedir ajuda. Assim eu chorei pelo Òdio.
    Mais uma semana se passou, mais uma semana na fila dos atrasados agora duas liçoes atrasado, e aprendi que o choro de nada adiantaria, pois nao comoveria a professora, apenas seria motivo de chacota dos outros alunos que sem dó nenhuma bravejavam que eu era da fila dos atrasados e que chorava nos ditados.
    Foi entao que minha pequena vidinha começou a mudar, a palavra dó possui um assento agudo, e o dó é uma das notas musicais, começei a estudar musica naquela semana,  aprendi sobre a nota dó, e logo fiz a analogia entre dó e ódio.
    Que os sons dos "ó" eram o mesmo, assim quando fui chamado para o ditado, nao titubiei, cheio de confiança fui resppndendo palavra a palavra, até chegar no ódio, palavra que falei sem nenhum enrosco, me lembroque ao pronunciar essa palavra a professora me olhou e parou por ali, puxando uma nova ficha com novas palavras, para eu pronunciar, onde todas foram pronunciadas com desenvolto e logo em seguida outra ficha ao qual passei sem resseio algum e mais um outra, pronto estava de volta a fila dos adiantados lugar de onde nunca mais sai.
    E depois de anos descobri que eu nao pronunciava a palavra òdio nao por, nao conhecer o assento agudo da mesma, pois mesmo sem assento, nao era capaz de pronuncia-la, essa palavra nao saia de minha boca pois nao era e nao sou capaz de ódiar, simplesmente nao cultuo o ódio, palavra a qual me esqueci novamente depois daquele ditado.



 by Alexandre choko